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18 de jun. de 2011

TODA ATENÇÃO PARA A HORA DA REFEIÇÃO

Um de meus maiores desafios como mãe de 4 crianças pequenas é organizar o tempo de modo a dar um momento de exclusividade e carinho para cada filho. Na maioria das vezes, estou fazendo duas (ou mais) coisas ao mesmo tempo, como amamentando um bebê enquanto observo os maiores brincando, tudo isso enquanto tento, via Skype, trocar algumas palavras com a vovó saudosa dos netinhos.
Quando chega a hora das principais refeições (café da manhã, almoço e jantar), no entanto, eu faço de tudo para estar à mesa com Lara (4 anos) e Lucas (2 anos). No primeiro post do menu do bebê, eu disse que os dois seriam minha inspiração para escrever o blog por serem saudáveis e comilões. E, graças a Deus, eles são assim mesmo. Mas se engana quem pensa que só tenho que colocar um prato de arroz, feijão, carne e salada na frente que eles vão comer tudo com gosto. Não é fácil assim! Muitas vezes, antes mesmo de começarem a comer, eles dizem que estão sem fome, ou que não gostam da comida, inventam um repertório de desculpas. Eu já me chateei, gritei, quase obriguei que abrissem a boca para ao menos experimentar o que está sendo servido. Mas perder a paciência definitivamente não é a solução! Como também não é solução fazer barganhas ou colocar medo na criança. Isso não! Não mesmo! Uma vez, ouvi alguém dizendo para uma criança: “come tudo para o monstro não aparecer”. Sou absolutamente contra esse tipo de situação e acredito que devemos sempre encorajar os pequenos, jamais amedrontá-los.



E quanto às barganhas? Entendo perfeitamente que é grande a tentação de oferecer um “prêmio” para incentivar a criança a comer porque já fiz isso também. E por isso mesmo posso afirmar que essa não é uma boa ideia. O que funciona de verdade, pelo menos na minha casa, é dar o exemplo, não obrigar ninguém a comer, fazer da hora da refeição um momento agradável, não permitir que saiam da mesa a todo instante. A seguir, alguns diálogos e situações comuns com meus filhos:

Lucas diz: “não gosto de feijão”. Aí eu respondo: “não?! Eu A-DO-RO! Então vamos colocar um pingo de azeite para ver como ficar o sabor?” Se essa tática não funciona, eu coloco só caldo de feijão no arroz por alguns dias até que ele volte a apreciar o feijão que tanto gostava.

Lara: “não quero mais comer, mamãe. Estou cheia”. Depois de uma profunda inspiração para manter a tranquilidade, eu digo: “certo, certo. Então você fica na mesa até eu e seu irmão terminarmos de comer”. Alguns minutos depois, vem a sobremesa e eu, sem dizer nada, não sirvo para ela. Aí, claro, vem o protesto : “e o meu, mamãe?” A reposta: “ué, você não disse que sua barriguinha estava cheia?”. Em seguida, já emendo a proposta: “será que ainda cabem umas 8 colheres bem cheias da comida? Aí depois você come a sobremesa também". Eu sei, eu sei, não deixa de ser uma barganha, mas é bem mais sutil do que o velho “come isso que te dou aquilo”, né? Outra coisa que faço muito é (aparentemente) não fazer nada no momento. Depois que alguém diz que não quer almoçar, eu coloco papel filme no pratinho do jeito que está e guardo na geladeira e digo que será para a hora do lanche ou para quando aparecer a fome. Nem 10 minutos se passam até que quem estava “completamente sem apetite” queira dar umas boas colheradas.

Enfim, eu quis contar isso para vocês porque talvez pudesse parecer que por eu ser nutricionista e ter esse blog sobre alimentação infantil, tudo fosse mais fácil em matéria de alimentação. Mas não é! Ensinar meus filhos a comerem bem é minha meta do dia-a-dia, um trabalho que exige doses caprichadas de amor, dedicação e paciência, mas que tem uma recompensa que não tem preço: a saúde!

3 comentários:

  1. Kinha! Amei as dicas, vou tentar fazer o mesmo com aMalu, ainda mais agora com a chegada da irmazinha , ela só quer fazer o q tem vontade e eu fico com aquele peso na consciência de ficar chamando muito a atenção dela!!!
    Beijosss

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  2. Adorei esse post, Kinha! Pq hoje em dia, acho sempre que os pais desistem muito fácil de ensinar os filhos. Se as primeiras tentativas não dão certo, pronto, já não tenta mais. Isso é na hora de ensinar a comer corretamente, na hora de dizer não (seja qual for o motivo), na hora de dormir, ou na hora de dar um remédio. Apesar de não ser mãe, acredito que educar os filhos é um esforço diário e continuo e onde não pode haver desistência.
    Viva a paciência e perseverança!
    Beijos

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  3. Dê, disseste tudo! Estou 100% de acordo!
    Ser pai e mãe não é tarefa fácil, mas se não são eles para educar os filhos, quem o fará?

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