CONSTIPAÇÃO INTESTINAL post 2. O QUE É?

Esse é um assunto tão delicado (e incômodo!) que nem o diagnóstico é muito simples de se fazer. Alguns especialistas consideram a frequência de evacuações inferior a 3 vezes por semana um critério decisivo. Para outros, o mais importante é saber se há dificuldade em eliminar fezes. Nesse caso, ainda que a pessoa evacue todos os dias ela também pode ser considerada constipada, caso elimine fezes ressecadas, com dificuldade ou dor. Nas crianças, um sinal pode ser a eliminação de fezes em bolinhas.

São várias as causas da constipação e sempre há um novo estudo tentando correlacionar uma característica ou hábito de vida com o surgimento do problema. E haja motivos já encontrados: hereditários, constitucionais, emocionais, sem falar nos mais peculiares, como não ter irmãos mais velhos ou morar em cidade grande. De todo modo, a alimentação exerce um papel fundamental. Afinal, ela pode ser parte da origem ou agravamento da constipação e também é estratégica para a solução, como veremos em breve nos posts futuros dessa “série do cocô”.

E o que acontece na gravidez? Aí a gente pode “culpar” os hormônios, especialmente o aumento da progesterona que, ao relaxar a musculatura intestinal, acaba por diminuir o peristaltismo (movimento intestinal). E por que raios a natureza faz isso com a gente? Na verdade, há uma função nessa “prisão de ventre gestacional”: é que com o trânsito intestinal mais lento, ocorre uma absorção maior dos nutrientes. Mas é claro que a gestante precisa se cuidar porque a constipação não apenas incomoda, como também pode precipitar o aparecimento de hemorróidas, entre outras consequências. Como a constipação pode aparecer ou piorar a partir da 20ª semana, é melhor iniciar medidas de prevenção mesmo que tudo esteja bem (como eu disse em um post anterior: se está bom, pode ficar ruim. Se já está ruim, ainda pode piorar).

Ufa! Cansaram de tantas explicações? Teremos uns posts mais leves para dar um equilíbrio, certo? : )