Morar fora do próprio país, como tudo na vida, tem suas vantagens e desvantagens. O principal lado ruim, na minha opinião, é a saudade da família e amigos. Depois temos que lidar com toda a dificuldade inicial de se adaptar a um local diferente, o que implica entender as regras (escritas e não escritas), os costumes e tudo mais da sociedade em que vamos nos inserir. Por outro lado, acho que aí também reside a grande beleza de ser estrangeiro. O nosso olhar atento e observador identifica os contrastes e, depois de um tempo, acabamos por incorporar o que achamos de positivo do lugar em que passamos a viver.
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No Paraguai, quem traz presente para as crianças não é papai noel e sim OS REIS MAGOS. Amigo secreto não se faz no Natal, mas no dia da amizade, que é uma data bastante celebrada por aqui |
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Cada família tem sua fórmula de criar os filhos; a nossa inclui carinho,amor, beijos, abraços e MUITAS regras |
Eu falo bastante do Paraguai porque é o lugar em que vivo há mais de 2 anos, mas também não esqueço os 3 maravilhosos anos que passamos na Suiça, onde Lara e Lucas nasceram. Certamente, muito do que sou como mãe foi influenciado pela experiência de ter tido filhos lá, em uma sociedade tão diferente da nossa. É senso comum achar que as mães europeias são frias e não querem muito saber de ter filhos. Não é bem assim! Confesso, no entanto, que eu me assustava com a maneira curta e direta com que davam bronca nos filhos. Só para ilustrar, conto para vocês duas situações que me impressionaram bastante:
1.Criança fazendo birra na porta do supermercado, puxando a mãe para outra direção “eu não quero ir, mamãe”. Ela, tranquilamente, mas com voz firme respondeu “tudo bem, querido, mas não é você que decide, sou eu”.
2. Outra vez, novamente em supermercado, uma criança escapava toda hora da mãe. Aí ela segurou com firmeza os ombros da filha e disse: “preste bem atenção: não sou eu que preciso ficar correndo para segurar sua mão, é você que tem que me acompanhar”.
Se no início eu achava o fim cenas como essas, hoje penso que voz firme e "pais (não os filhos) no comando" são ingredientes importantes para a harmonia familiar e até para o bem-estar e segurança emocional das crianças. É o que eu e meu marido tentamos implementar. O nosso dia-a-dia com os meninos é assim: muito amor, muito carinho, mas também muita firmeza na hora de dizer basta ou que chegou a hora de sair de um brinquedo. Não vou dizer que agindo assim nossos filhos não fazem teimosia ou birra (ô como eu queria a fórmula para evitar isso, cada situação que eu já passei!), mas não tenho dúvidas que praticar a disciplina dia após dia com esses sapecas é bom para nós, os pais, e certamente para eles também.
1.Criança fazendo birra na porta do supermercado, puxando a mãe para outra direção “eu não quero ir, mamãe”. Ela, tranquilamente, mas com voz firme respondeu “tudo bem, querido, mas não é você que decide, sou eu”.
2. Outra vez, novamente em supermercado, uma criança escapava toda hora da mãe. Aí ela segurou com firmeza os ombros da filha e disse: “preste bem atenção: não sou eu que preciso ficar correndo para segurar sua mão, é você que tem que me acompanhar”.
Se no início eu achava o fim cenas como essas, hoje penso que voz firme e "pais (não os filhos) no comando" são ingredientes importantes para a harmonia familiar e até para o bem-estar e segurança emocional das crianças. É o que eu e meu marido tentamos implementar. O nosso dia-a-dia com os meninos é assim: muito amor, muito carinho, mas também muita firmeza na hora de dizer basta ou que chegou a hora de sair de um brinquedo. Não vou dizer que agindo assim nossos filhos não fazem teimosia ou birra (ô como eu queria a fórmula para evitar isso, cada situação que eu já passei!), mas não tenho dúvidas que praticar a disciplina dia após dia com esses sapecas é bom para nós, os pais, e certamente para eles também.
Muito bom o post, Sis! Eu também adoro aprender esses costumes diferentes dos nossos.
ResponderExcluirE essas duas situações de Genebra são ótimas! A gente sempre fala delas e daquela do seu médico: "Doutor, como vou sair pra passear com um bebê de dois meses nesse frio?" E ele: "Muito simples, Erika, abra a porta e saia." Háháhá! Adoro a praticidade europeia!
4 beijinhos
É muito engraçado mesmo as diferenças de culturas.
ResponderExcluirQuando via bebezinhos empacotados andando pelas ruas da Europa me dava uma dó, mas tenho certeza que eles devem morrer de pena dos nossos pequenos no calor do Brasil e principalmente no nosso Maranhão.
Sou super a favor das regras, mas acho que os pais sofrem para aprender a impor regras, algumas vez até mais do que os filhos. Espero ter força pra manter o comando.
Beijos
Post encorajador... mas concordo com Tita, acho que os pais sofrem mais que os filhos para impor regras... Não deve ser facil, tambem espero ter força!
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