Resolvi
entrar nesse clima e comecei a escrever uns bilhetes também. Coisa boa é falar
de afeto, faz um bem danado espalhar carinho com palavras, mas amor não é
sempre assim tão lindo, né? E aí fiquei com vontade de comentar com vocês o conteúdo de alguns textos que
tenho lido sobre maternidade.
Ser mãe é tão intenso, complexo e grandioso que
se todos os livros da Livraria Cultura fossem dedicados às nossas vidas e a
tudo que já passamos, acho que faltariam prateleiras para exemplares sobre amor sem fim, medo, cansaço, superação, como se arrumar em 1 min, e tudo mais.
Vocês
têm percebido uma mudança no que se escreve sobre maternidade? Antes só se lia
sobre o maior sentimento do mundo, sobre a transformação no nosso ser, sobre a
alegria que o bebê traz. Sim, tudo isso é verdade, mas e o lado difícil? Quando
eu fui mãe pela primeira vez, há quase 9 anos, tudo o que eu lia de tristeza
estava relacionado à depressão pós-parto. Algumas vezes, com minha Larinha no
colo, eu ficava confusa: parecia que havia uma capa de amor sobre a gente de
tão gostoso que era ficar agarradinha com ela; por outro lado, eu me sentia às
vezes um trapo humano, com vontade de me jogar no chão e ficar ali deitada tipo
o dia inteiro. Minha professora de
francês foi me visitar e me disse algo que nunca esqueci e que me deu um
consolo incrível (merci, Isabel!). Ela disse que o cansaço de ser mãe é tão
grande que a gente podia confundir com tristeza. O que me chamou atenção é que eu
não havia feito nenhuma queixa, eu estava ali toda orgulhosa de mostrar a minha
princesinha. Mas ela era mãe e sabia que o começo é exaustivo para qualquer
corpo humano.
Saber
que as dificuldades e dores que passo
enquanto mãe não são exclusivas dá um conforto danado. Depois de uma conversa franca com outras
mães, eu saio mais leve, achando até meus problemas menores. O que quero dizer
com tudo isso é que dividir o sentimento, mesmo aqueles difícies é muito bom. Por isso, acho que essa transformação na "literatura sobre a maternidade" tem um lado muito bom, de mostrar que não estamos sozinhas e que ser mãe é isso mesmo: muito bom, mas muito difícil também. Minha
comadre Aninha escreveu uma mensagem que eu adorei e com a qual me despedirei
de vocês hoje: “Desabafar é muito bom. A queixa esvazia a gente, deixa espaço
para energia boa entrar”.
Ahhh, que maravilha! Erikita, que bom poder novamente me deleitar com os seus posts. É tudo isso que vc falou e ainda mais. O cansaço chega e com ele o aprendizado. Meu amor, só tenho que agradecer o presente que Deus me deu de ter convivido com vcs nos meus primeiros momentos como mãe, e a pesar da distancia estarem sempre presentes. Abraço apertado!
ResponderExcluirRenatinha, foi você que deixou esse recadinho lindo?
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