Longe dos olhos, longe da boquinha: o que a gente não vê, dá menos vontade de comer.

Esse fim-de-semana fui com as crianças ao Mc Donald’s e pedi o lanche feliz.
Quando fui reclamar do aspecto das cenouritas, a gerente, bem surpresa, comentou: “Eu nunca vi criança trocar a batatinha por cenoura!”. Sabem de uma coisa? Eu também não!

 Larinha e Lucas (e a mãe deles) são exatamente como a maioria das crianças: adoram frituras, chocolates, doces e tudo o mais que, teoricamente, não faz parte de uma alimentação saudável. Ainda que os dois tenham recebido, desde a introdução dos alimentos, opções com pouca gordura, açúcar e sal e me encham de orgulho quando fazem as refeições, a preferência pelos alimentos citados no inicio do parágrafo é clara. Então, quem decide o que eles vão comer quando estamos em casa ou em família, sou eu.  Ou melhor: eles escolhem sempre, mas entre as opções que eu apresento (exemplo: você quer levar uma maçã ou uma pêra? Vamos tomar iogurte de colher ou de canudinho? Nesse cantinho do prato eu coloco beterraba, cenoura ou os dois?) Mãe engraçadinha, né?  Hehehe!  Mas juro que não sou uma carrasca: é claro que de vez em quando sou mais flexível e abro mão de algumas regras quando estamos em festas, lanches com amigos, etc.  

Esse episódio da lanchonete me fez refletir sobre a importância do que se oferece aos baixinhos e também do exemplo das pessoas que estão mais próximas. Se você quer que seu filho se alimente bem, analise como é o seu hábito alimentar e o que é servido em casa. Não dá para querer que eles comam frango cozido com verduras se na mesa há opção de frango empanado e batata frita. Não dá para reclamar que eles comem muita bobagem se na cozinha há potes de biscoitos recheados e geladeira cheia de refrigerantes.
Em um post recente, falei que sucos feitos na hora são os melhores. Acontece que, nesse período de viagem, eu acabei sucumbindo aos de caixinha pela praticidade. E o que aconteceu? Suco de laranja feito em casa, meus filhos não querem tomar, mas o do mesmo sabor de caixinha eles não deixam sobrar uma gotinha. Outro caso: eles nem ligavam para refrigerante; inclusive, quando experimentaram pela primeira vez fizeram uma cara tão feia que parecia que tinham bebido gotas de limão. Mas, de tanto ver os pais beberem (não sei se é o calor ou a gravidez, mas não tenho recusado coca-cola e muito menos o refrigerante da minha terra, o guaraná Jesus), eles começaram a querer tomar essa bebida colorida e cheia de bolhinhas.

Então, montei um contra-ataque: sucos, por enquanto, só os naturais. Se não quiserem, sem problemas, mas no mínimo eles ficam intrigados me vendo elogiar e beber com tanto gosto. Numa próxima vez, é bem provável que queiram ao menos experimentar. E tenho evitado beber refrigerante na frente deles. Ok, eu sei que o ideal é beber menos refrigerante, esse é meu próximo passo : )

Se há fruta e torta para a sobremesa, o pratinho da fruta vem antes e depois eu dou uma porção bem pequena do doce. Caso a torta apareça antes, vocês acham que o abacaxi vai ter vez?