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19 de nov. de 2011

Para conhecer melhor as babás: o teste do parquinho

Mil salva de palmas para as boas babás!!!
Até o nascimento dos gêmeos, a minha família não tinha uma pessoa com a função exclusiva de babá, mas eu já observava o comportamento dessa categoria profissional há muito tempo, desde que minha primeira filha nasceu, e confabulava comigo mesma as características que eu gostaria que uma moça tivesse para cuidar do meu bem mais precioso. Além do básico, que é gostar de criança e saber cuidar dela, são tantos outros requisitos para averiguar: higiene pessoal, educação, organização, comportamento... a lista parece não ter fim. Percebo, no entanto, que a preocupação no1 dos pais é que seu filho não seja maltratado enquanto está sozinho em casa com a babá. Nem vou aqui comentar sobre os casos abomináveis de bebês sofrendo os mais diversos tipos de maus tratos nos vídeos feitos por câmeras escondidas. Que horror! Vejo que muitos casais optam pela creche pensando justamente em evitar que algo assim aconteça com seu bebê. De qualquer forma, muitas famílias precisam ou vão precisar contratar uma babá. Indicação de amigos e/ou boas referências são requisitos importantes na hora de selecionar a profissional, mas quando eu tiver que voltar a trabalhar e precisar delegar para a babá a tarefa de passar horas seguidas com meus filhos, certamente vou adotar o “teste do parquinho” para saber se fiz uma escolha acertada de contratação. Certamente dentro de casa, quando os pais estão trabalhando, é que as crianças estariam mais vulneráveis às atitudes da pessoa que lhes está cuidando. Mas não é nem preciso instalar câmeras escondidas pela casa para ter uma ideia do que se passa quando os pais estão longe. Explico...

É um exercício e tanto observar as babás longe de suas patroas! Ainda que elas estejam em ambientes públicos, como parques e festas, algumas babás parecem não se importar que outras pessoas (mães, para ser mais específica) vejam que elas, ao invés de cuidar da criança, estão o tempo todo no celular mandando mensagens ou só batendo papo. Claro que isso está muito distante de maltratar, mas simplesmente levar a criança ao parque, sem interagir, cuidar e brincar, não está bom, concordam? Aqui no Paraguai, onde vivo atualmente, as mães não costumam ir com os filhos às festinhas infantis. A maioria não trabalha e isso não significa que sejam omissas na criação dos filhos; muito pelo contrário, as mães paraguaias com quem convivo são superpresentes e dedicadas. Só não entendo essa parte de não ir às festinhas, deve ser algo cultural. Para vocês terem uma ideia, nas últimas duas festas que fui dos amiguinhos de meu filho, só havia eu e outra mãe (estrangeira também) da turminha dele. Bem, tudo isso para dizer que aqui também é um campo fértil para esse meu “exercício sociológico”: vejo com muita alegria como algumas moças são ótimas com a criança que cuidam, brincam com ela, chamam os amiguinhos (que conhecem pelo nome), não deixam a criança comer doces sem parar, se preocupam até na quase impossível missão de arrumar a roupa e o cabelo para que a criança fique bem nas fotos. Dá gosto de ver! Por outro lado, também vejo (infelizmente com muita frequência) rostos apáticos, reclamação quando a criança se suja ou até pede para ir ao banheiro (“de novo, fulana?”), enfim, tudo o que a gente NÃO deseja para a cuidadora de nosso filho.

No parquinho as crianças se divertem e algumas babás se comprometem
Por tudo isso, eu já decidi para minha família: teste do parquinho (ou da festinha, se preferirem) nas babás! Quando voltar a trabalhar e precisar ficar horas longe de casa, vou pedir a uma amiga ou parente que vá ao parque onde esteja a babá com meus filhos para me dizer como ela age quando está com eles. Acho que é natural que as babás conversem sobre suas rotinas e desabafem entre elas (a gente não faz isso com nossas amigas?), mas é claro que tudo tem um limite. Quando minha babá é amiga da babá de alguma amiga minha (ai que confusão! Deu para entender?), eu faço um acordo com minha amiga de contarmos uma para outra qualquer coisa que a gente tenha escutado que possa comprometer o bem-estar de nossos filhos. Não quer dizer que revelaremos qualquer comentário que as nossas ajudantes fizeram entre elas (é óbvio que elas sempre terão alguma coisa para reclamar da patroa, do salário ou da rotina de trabalho. Acho que tudo isso é normal, mesmo que seja chato de sabermos), mas nunca esconderemos o que for relevante no tocante a assuntos como segurança e saúde de nossos filhos. Mesmo que não seja algo grave, o “toque” de uma amiga pode ajudar a melhorar o cuidado da babá com a criança. Um exemplo...uma amiga me contou que atendia bastante ligações da minha babá quando eu estava em aula e ouvia a voz da minha filhinha por perto. É como eu disse, não é nada grave e eu nunca havia pedido que a babá não falasse ao telefone quando eu estivesse fora, mas, a partir desse comentário, eu pedi a ela que evitasse ligar para as amigas e familiares quando estivesse cuidando das crianças; na minha ausência, eu preferiria que ela deixasse o telefone livre. Assim, ela conversaria com calma em seu momento de folga e meus filhos não ficariam desatendidos. Não teve briga nem confusão e houve uma melhoria.

Como ainda não voltei a trabalhar (ou seja: continuo indo bastante aos parquinhos e festinhas), o que faço para observar melhor a nossa ajudante é justamente observá-la quando ela não sabe que eu estou por perto. Chego em casa antes do horário combinado, observo da varanda como ela está interagindo com os gêmeos, dou uma série de “incertas”. Sei que não é muito bacana ficar nesse papel de fiscalizadora o tempo integral, mas se não forem os pais para cuidar da segurança (em todos os sentidos) dos filhos, quem os protegerão? Além disso, à medida que as babás ganham a confiança das patroas, a relação entre elas fica mais harmoniosa e bacana. Melhor para as crianças, melhor para todos.


Como é legal ver babás alegres, interagindo com a criança, felizes com a superimportante função que desempenham. Até na tarefa de passear com o bebê, dá para notar diferenças entre as profissionais.
 

5 comentários:

  1. Bem legal esse post, Kinha! Acho que, dentre os teus investimentos, devias pensar em "curso para babás".
    Ainda não entrei nessa luta, mas vejo sempre a dificuldade das minhas amigas em conseguir (e manter) uma pessoa confiável para cuidar dos seus pequenos.
    Adorei o teste do parquinho! Bem prático e parece ser eficiente!
    bjo!

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  2. Vivi, tu sabes bem que ideias de negócios relacionadas ao universo infantil eu tenho aos montes, só espero que alguma delas vire realidade. Brigadão pelo apoio e incentivo de sempre
    Confesso que já pensei sim em um curso de babás com um grupo bem bacana e diversificado de professoras para ensinar às babás desde higiene pessoal, comportamento no trabalho, preparo dos alimentos para crianças até brincadeiras educativas. Seria bacana, né?

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  3. Que tarefa difícil e ás vezes imprescindível essa a de escolher uma pessoa pra cuidar do nosso bebê, né?? Queria tanto que Neli topasse ser babá dos meus..
    O curso de babá seria o máximo! Acho que quem saísse do curso já estaria contratada, o que não falta são mães atrás de uma boa profissional!

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  4. No meu caso, alem de todos os requisitos q vc listou, erika, ainda seleciono alguem para preparar alimentos frescos, utilizar todas as vitaminas, sais minerais, aminoácidos (TNI- targeted nutrition intervention), fale inglês fluente, saiba conduzir, entenda o que Eh intervenção precoce ( ou seja treinada para isso), acompanhe as 6 sessões de terapias semanais do Vito. Pago muito bem, valorizo o trabalho da nossa baba e a trato como parceira na criação e no desenvolvimento do meu filho. O investimento - profissional, emocional e financeiro - Soh tem me rendido bons frutos, Gracas a Deus! A Elma Eh tão parceira q vibra com cada novo gesto, som, passo do Vito, vive tirando foto e fazendo vídeo das novas habilidades dele para registrar e nos mostrar e mostar p as terapeutas. Ver minha baba completamente engajada no desenvolvimento do meu filho não tem preço pra mim! :-)
    Nesse sentido, brincar c ele no parquinho, o tópico do seu post, Eh mais q uma necessidade, Eh piloto automático! Sem falar em participar e organizar playdates para investir na sociabilidade do Vito. Enfim, acho q meu padrão de qualidade e, ao mesmo tempo, o que ofereco em troca Eh bastante diferente do convencional! :-) beijo e parabéns pelo blog (muito bem feito e de uma super elegância e sinceridade) e pelos filhotes lindos! Chris

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  5. Muito , importante seu comentário , e se todos os pais pensassem assim facilitaria muito o nosso desempenho profissional meu modo de pensar é que cada um tem sua função os pais educam e nos baba auxiliamos e seguimos as instruçoes de rotina e de disciplina , sou baba e gosto muito da minha função obgada e ate o proximo comentário .

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