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22 de jun. de 2020

E o fim da quarentena?

  A quarentena começou aqui na Polônia no dia 12 de março. Estamos caminhando para o fim de junho e várias restrições já foram suspensas, mas as crianças continuam sem ir à escola. É uma fase bem mais livre da quarentena porque os parques estão abertos, os restaurantes também e nem sequer é mais obrigatório o uso da máscara em espaços públicos abertos. Eu já nem sei se isso é considerado quarentena, mas sei que a rotina não é a mesma do período pré-pandemia e eu não sei quanto a vocês, mas eu me sinto exausta.

  Tem dias por aqui que fluem muito bem. Já aconteceu de, às 7:30 da manhã eu já ter ido ao mercado e já estar no colchonete pronta para a aula de yoga online. Acho que já contei aqui que nem eu nem sequer gostava de yoga, mas comecei e estou gostando bastante. Mas tem outros dias, e hoje é um exemplo, que parece que toda a energia do seu corpo foi sugada e só ficou o pó. Eu sei, estou sendo dramática. Mas é a realidade.

  Essa é a última semana de aula das crianças depois de semanas de ensino a distância. De modo geral, funcionou bem, mas eu devo ter ganhado uns 1000 fios de cabelo branco nesse processo. 4 crianças com horários de aulas diferentes, atividades, projetos...muita coisa. E wifi que cai aqui e computador que trava acolá. Eu grito de um lado "Lucas, vem almoçar!!" E ele: "mãe, shhhhh, estou no zoom". E é um tal de olhar o relógio o tempo todo e ver se está todo mundo no lugar certo. É claro que chegaram atrasados em alguns encontros e até esqueceram outros. É uma frustração só quando isso acontece, dá aquele sentimento (real!) que não estou dando conta. Os projetos de casa arrumada, álbuns de fotografia atualizados ficaram sendo apenas projetos de início de quarentena. O lema do dia-a-dia é sobreviver da melhor maneira possível.

  Acho que a última vez em que eu me senti tão cansada foi quando os meus 4 filhos eram bem pequenos, de fraldas. Quando os caçulas nasceram (os gêmeos Ana e Davi), Lucas tinha apenas 2 anos e Lara 3 e meio! Já imaginou? Na época, eu morava no Paraguai e tinha ajuda em casa, mas ainda assim era uma rotina puxada. As crianças cresceram, foram ficando mais independentes e eu e meu marido também evoluímos no aprendizado das tarefas domésticas. Mas esse módulo mega intensivo e sem intervalos de mãe/ tutora de atividades escolares/ dona-de-casa não é brincadeira. 

 Quando as crianças vão dormir, eu não sei se organizo uma pilha de roupas, lavo os banheiros, assisto um filme ou não faço absolutamente nada. Essa opção é difícil de ser escolhida porque se pararmos tudo se acumula. Mas fazer pausas é importante. Eu fico feliz de dar uma volta de bicicleta ou de fazer um alongamento na varanda pegando um solzinho depois de tantos meses de frio em Varsóvia. Fico feliz também de escrever aqui no blog. Sei que quem lê também tem seus desafios, suas preocupações. Vamos firmes! E muito obrigada pela companhia. 


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