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29 de jul. de 2010

MEU FILHO ESTÁ SEM APETITE! Parte 2: O CONTRA-ATAQUE!

No 1º post com esse título, explicamos porque a criança por volta dos 2 anos tem menos apetite. Mas, ainda que seja algo esperado, não podemos ficar com os braços cruzados e o pratinho cheio de comida diante da recusa dos baixinhos em se alimentar, né?

Quando se recusam a comer, nem sempre é falta de apetite e sim falta de vontade de comer o que é oferecido. Aí entra o erro de muitos pais: servir só o que a criança gosta. É preciso levar em conta que cada criança é uma criança. Se o seu filho vai comer o restante do prato se você fizer um “agrado”, não vejo nada de errado (ainda que não ache a melhor conduta) em acrescentar esse item à refeição de vez em quando. Mas, no meu caso, essa tática não funciona porque meus filhos comeriam exclusivamente a parte que gostam mais. Dou um exemplo: em 1 domingo levamos as crianças a uma lanchonete. A ideia era que o alimento principal fosse o sanduíche e a batatinha só um complemento. Lara, diante dos palitinhos fritos, não quis nem saber de pão e carne: só comeu a batata. Em outra situação, compramos só o sanduíche e ela comeu tudo.

A situação do parágrafo anterior me lembra de dar um recado muito importante: o que está longe dos olhos também fica longe da boquinha. Se você não quer que seu filho coma guloseimas fora de hora, não dá para deixar essas pequenas tentações expostas na cozinha. Se eu esqueço o pote de biscoitos fora do armário, é certeza que a dupla daqui vai reivindicar algumas unidades.

Mas voltemos ao assunto do apetite. O que é possível fazer?

* variar os alimentos e/ou a forma de preparo. Com a carne moída, por exemplo, dá para fazer torta, panqueca, charuto com repolho, almôndega. Essas opções são bem mais interessantes que servir só a carne moída cozida com batata, né? Já peguei várias dicas observando a refeição da casa dos amigos e também nos cardápios de restaurantes e creches. Você pode se surpreender ao oferecer uma massa recheada ou uma torta salgada diferente.


Mas, se a opção diferente não agradar, não corra para a cozinha para providenciar um substituto! Se fizer isso, a criança vai entender que, quando recusar alguma coisa, vem outra melhor em seguida e isso é péssimo negócio. De vez em quando, aproximadamente uma vez por semana, colocamos no almoço opções que são sucesso garantido, como bife à milanesa ou estrogonofe.

* caprichar na apresentação e ter alimentos coloridos no prato. Outro dia minha irmã me mostrou uma reportagem com um chef japonês que faz o maior sucesso decorando as merendas escolares. Depois dos pratos enfeitados, as crianças passaram a comer mais. Use sua criatividade (ou pesquise na internet) e faça bonequinhos e outros desenhos com a comida. Uma vez ou outra, como em um dia comemorativo, é claro! Como já foi falado no post “petiscos para bebês”, não é legal inventar muito na hora da refeição. A criança tem que aprender que é um momento importante e precisa se alimentar mesmo sem TV ligada, pessoas cantando ou prato bem decorado.



* o exemplo! Nem sei como ele parou aqui, como 3º item. O exemplo dos pais é fundamental! Eu sou a nutricionista da casa, mas o papai é que é o exemplo a ser seguido. Ele tem o maior prazer em comer, alimenta-se muito bem, elogia a comida, adora pratos novos...essas atitudes certamente exercem uma influência muito positiva. Adotamos em casa o reforço positivo: elogiar, incentivar. Frases do tipo: “nossa, como você está comendo bem”, “você adora iogurte de pêssego”(ainda que ela não tenha certeza disso), “hum, a comida de hoje está deliciosa”, “vocês me enchem de orgulho”, etc. são sempre ditas para os dois.

* pulso firme (sem descontrole, por favor). Eu confesso: eu já gritei, já chorei, já perdi a paciência com a recusa de Lara em comer no almoço. E não adiantava! Aí mudei a tática: coloco o prato e não deixo que ela brinque ou saia correndo. Se passa vários minutos sem dar uma colherada, eu digo na maior paciência: “se minha princesa não quer comer, tudo bem. Eu vou guardar a comida na geladeira para você comer na hora do lanche”. Pode parecer muita rigidez, mas digo para vocês que é exatamente isso que eu faria: oferecer novamente a comida do almoço na hora do lanche. Mas isso nunca aconteceu porque, percebendo que eu estava falando sério, ela acaba comendo, ainda que não 100% do prato. Aí também eu flexibilizo e estabeleço um número mínimo de colheradas cheias (umas 10). Correr atrás dela com o prato na mão, nunca mais!

Ainda tenho outras dicas: levar as crianças ao supermercado e feiras, falar da importância de cada alimento, jogo das frutas e várias outras mais. Fica para outro post! Bj

10 comentários:

  1. Raquel Carvalho D'avila30 de julho de 2010 às 09:05

    Kinha!!! amei as dicas( como sempre :) rsrsrs) vou ja adotar todas essas taticas com a Malu hoje mesmo!!! depois te conto o resultado!!
    beijossss

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  2. Sis, adorei esse post!!

    Eu sempre achei que devíamos insistir até eles comerem tudo, mas essa tática de "guardar a comida" dá resultados mesmo!!

    Um beijinho

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  3. Ex-ce-len-te post, Kinha!
    Quero ser igual tu quando eu crescer! ;)
    Bjao!

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  4. Muito bom, Erika!
    Concordo com você que a substiuição da refeiçao, quando não agrada aos infantes, resolve mais o problema dos pais que o das crianças. O lema aqui em casa é: "come-se o que tem para o almoço e/ou jantar". O que, no geral, é algo que agrada a todos. Se nao agrada tanto, tem que fazer um "esforço" e comer o mínimo para se alimentar. Substituir por algo "mais gostosinho" só se estiver doente e for necessário fazer isso, por questões obvias.
    Adorei a dica da decoraçao do prato. Vou adotar a partir de hoje!
    Beijos carinhosos,
    Ana

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  5. Muito obrigada, meninas!
    Espero que as dicas sejam úteis à Malu e a muitas outras crianças também. Aguardem a parte 3 do assunto, virá em breve : )
    Aninha, quando a criança está doente eu também flexibilizo bastante (quando não é nada relacionado ao trato gastrointestinal, claro) porque aí a falta de apetite é real. Amor, carinho e comidinhas prediletas ajudam a melhorar qualquer mal-estar, né? : )

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  6. tenho uma filha de 1ano e 6meses ,tem dias que ela só mama..nas horas da refeição não quer comer,não sei o que faço..a pediatra disse que é normal que é fase,mais me preoculpo por ela não querer comer sua comida invento mil e um coisa diferente mais nada...o que ela gosta muito é de tomate...

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  7. Olá Elizanda! Que bom que sua filhota ainda mama, mas com 1 ano e meio ela precisa comer os sólidos também. aí vão alguns posts sobre apetite dos bebês:

    http://menudobebe.blogspot.com/2011/09/sempre-educar-sempre-tentar-nunca.html

    http://menudobebe.blogspot.com/2011/09/sempre-educar-sempre-tentar-nunca.html

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  8. Adorei o post! As dicas são muito boas, Kinha!
    Vou anotar tudo pra poder falar pra mães dos meus pequenos pacientes..
    Beijos

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  9. Obrigado!
    Você me ajudou bastante!

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